segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Biografia

·         VIDA:
Frederick Winslow Taylor nasceu no dia 20 de março de 1856, em Germantown, subúrbio de Fildadélfia, no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele nasceu em uma família de classe média, o que o permitiu estudar em alguns colégios nos EUA. Por alguma razão não conhecida, Taylor desistiu dos livros aos 18 anos.
Taylor contraiu pneumonia em uma de suas viagens, e morreu no ano de 1915.

·         CARREIRA:
Aos 18 anos, Frederick Taylor começou a trabalhar em uma oficina mecânica perto de sua casa, onde trabalhou em máquinas-ferramentas e na fabricação de modelos. Já com 22 anos, Taylor começou a trabalhar como operário para as oficinas de construção de máquinas Midvale Steel Company, onde em pouco tempo subiu de posição.
Entre 1880 e 1885, Taylor fez o Curso de Engenharia do Stevens Institute, para completar seus conhecimentos em Mecânica.
Aos 23 anos, Taylor pela primeira vez, aplicou os processos científicos. Ele inventou um novo modo de cortar aço, de corte rápido e de maneira que as ferramentas durassem mais. Durante toda sua vida, Taylor sempre procurou introduzir nos trabalhos que estavam sob sua direção ou fiscalização, métodos de observação e experimentação, que dessem como conseqüência a melhoria das condições do rendimento do trabalho e, o aumento da produtividade dos operadores.
Taylor registrou 50 valiosas patentes de invenção de máquinas, ferramentas, e processos de trabalho.
Em 1896, Taylor entrou na Bethlehem Steel Works, e se impôs o dever de aperfeiçoar os métodos dos diversos setores de fábrica. Ele fez a reorganização da empresa e obteve um enorme êxito no campo administrativo.
No ano de 1906 Frederick Taylor foi eleito o presidente da American Association of Mechanical Engineers, e assim foi deixando os negócios, que acabou abandonando completamente.





·         FATOS MARCANTES

-  Logo que foi promovido a chefe da seção, o esgoto da fábrica onde trabalhava entupiu, ele mandou um grupo de funcionários resolverem o problema, mas estes não obtiveram êxito. Para evitar que a fábrica tivesse que parar por dias, Taylor resolveu ir por si só resolver o problema, entrou no cano de esgoto e, foi até onde estava a causa de obstrução, removeu-a e voltou. Desta forma, Taylor economizou para a companhia milhares de dólares, obtendo assim um novo sucesso.
-  Taylor dedicou 26 anos de estudos para descobrir a maneira mais eficiente de cortar aço.
-  Em 1911 Taylor publicou o livro Princípios de Administração Científica, a obra foi um marco para a administração, e é muito importante até os dias de hoje.

Princípios Fundamentais da Administração Científica

No modelo de administração científica proposto por Taylor, como na maioria dos métodos
e ciências, existem princípios que devem ser seguidos para o funcionamento correto do
sistema. Taylor definiu, em sua obra, quatro desses que chamou de "princípios fundamentais".
São eles:

1) Desenvolvimento de uma verdadeira ciência: Este princípio trata do estudo minucioso sobre
a atividade observada. Com a ajuda de profissionais treinados, cronômetros, cálculos, repetições incessáveis, dentre outros, é conseguido uma forma dita ideal de execução da tarefa. Remover movimentos desnecessários, mudar a força aplicada, o ângulo que tal força é aplicada, são algumas formas que o estudo encontrará para maximizar a produção, sem fazer com que a qualidade dos produtos caia, ou em alguns casos chegar a aumentar a qualidade, sem ocorrer qualquer perda de tempo.

2) Seleção científica do trabalhador: Com o estudo da atividade, surge também o estudo para o trabalhador ideal para tal. Esse estudo é minucioso como o passado, e procura encontrar o perfil do funcionário que melhor se encaixa neste trabalho. Existem áreas que necessitam de mais força física, outras de um encaixe melhor entre força e inteligência, e o estudo procura dizer exatamente isso, para que sejam contratadas as pessoas que mais se encaixem nesses parâmetros.

3) Sua instrução e treinamento científico: É a parte que mais se assemelha à escola, onde o funcionário contratado é treinado e ensinado, por pessoas competentes para serem seus tutores, a fazer o trabalho que lhe foi designado. Vale lembrar que o trabalhador é meramente ensinado sobre o que deve fazer, e não sobre a ciência que levou a empresa a contratá-lo. Ele aprende somente o que vai fazer, e não como chegou-se à conclusão de que é isso que ele deve fazer. Tal ação se justifica por Taylor achar desnecessário tal ensinamento; seria perda de tempo, ele diz. O funcionário muito provavelmente não teria capacidade cognitiva suficiente para entender a ciência desenvolvida, de acordo com Taylor. Bastava aprender a prática.

4) Cooperação entre a direção e os trabalhadores: Muito importante para o método de Taylor e que vai de encontro a antigos modelos de administração. Taylor procurava métodos para convergir os interesses trabalhistas com os diretores/donos da organização. Ele afirma que é necessário dar ao trabalhador incentivo, dar-lhe salários mais altos caso a produção diária fosse atingida, manter sempre supervisores em contato com os operários para ajudá-los com problemas, ensiná-los, e também informar a direção caso haja alguma reclamação
por parte dos trabalhadores, para que mantenha-se a convergência de interesses. Taylor diz que a ideia antiga de administração, onde o trabalhador é sufocado e explorado até seus limites não dá certo, é ultrapassada. Para um bom rendimento da empresa, é preciso dar ao funcionário o que ele quer - obviamente dentro dos limites razoáveis - mas dar-lhe migalhas e esperar que ele, em troca, produza o máximo possível, é ser irrealista.

Objetivos do Sistema de Administração Cientifíca



O objetivo principal da administração científica é a Máxima Prosperidade.
Taylor afirma que a administração deve assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e ao empregado.
O que isso significa?
Para o patrão significa maior lucro para a empresa e baixo custo de produção.
Para o empregado significa altos salários.
Em relação à produção, o que se pode concluir?
1º “Um empregado atinge a máxima prosperidade quando alcança o mais alto grau de eficiência”, ou seja, quando se atinge uma meta pré-estabelecida.
2º Um patrão alcançará a “prosperidade permanente”, quando o trabalho da empresa reduzir os desperdícios.
Mas e agora, o que deve ser feito para atingir metas e reduzir desperdícios?
Para começar temos que visualizar as possíveis ramificações:








Partimos do objetivo principal e chegamos a um segundo a fim de alcançar o primeiro. Nós já sabemos que para alcançar a máxima prosperidade é preciso melhorar a produção.


Para melhorar a produção é necessário que os trabalhadores passem por um melhoramento de desempenho juntamente com a parte administrativa da empresa.
Para conseguir qualificar melhor os empregados deve-se eliminar a vadiagem no trabalho e os preconceitos sem fundamentos. A vadiagem será eliminada quando o trabalhador entender que o seu maior rendimento somado ao melhor desempenho da máquina irá movimentar o mercado de trabalho, gerando mais empregos. Para colaborar a empresa deve substituir os métodos de produção ineficientes, a fim de evitar o desgaste físico e mental do trabalhador.
Seguindo em frente temos a questão dos preconceitos que devem ser eliminados o mais rápido possível:
1º Retomamos a questão de que a maioria dos trabalhadores acredita que se trabalharem com máxima rapidez vão levar toda a classe operária ao desemprego.
2º A ignorância dos administradores quanto ao tempo necessário para ser feito o serviço. Isso dá margem a preguiça no trabalho, que provém de duas causas:
·         Indolência natural: “que é a tendência ou instinto nativo de fazer o menor esforço”.
·         Indolência sistemática: “ideias e raciocínios mais ou menos confuso, provenientes da intercomunicação humana”.
3º As várias maneiras de realizar uma tarefa, sendo muitas vezes ineficientes, principalmente quando relacionadas ao esforço para realizá-las.
Para finalizar devemos aceitar que uma empresa que não obtém rendimento deve ser reestruturada, substituindo métodos empíricos, antiquados de gerência e organização por métodos científicos.



Os mecanismos da Administração Cientifíca

Para Taylor, os elementos da Administração Científica são:

  1. Estudo do tempo, com materiais e métodos para realizá-lo corretamente.
  2. Chefia numerosa e funcional e sua superioridade sobre o velho sistema do contra-mestre único.
  3. Padronização dos instrumentos e materiais usados na fábrica e também de todos os movimentos do trabalhador para cada tipo de serviço.
  4. Necessidade de uma seção ou sala de planejamento.
  5. Princípio de exceção, na administração.
  6. Uso de régua-de-cálculo e recursos semelhantes para economizar tempo.
  7. Fichas de instrução para o trabalhador.
  8. Idéia de tarefa, associada a alto prêmio para os que realizam toda a tarefa com sucesso.
  9. Pagamento com gratificação diferencial.
  10. Sistemas e rotinas.
  11. Novo sistema de cálculo de custo.
  12. Sistema mnemônico para classificar produtos manufaturados e ferramentas usadas.

domingo, 23 de outubro de 2011

Crítica à obra

As idéias de Frederick Winslow Taylor, estão bem longe de serem esquecidas!
Considerado o pai da administração científica do trabalho, Taylor deixa para as seguintes gerações sua renomada obra, "Princípios da Administração Científica", onde ele define o que é, para que e como entender e aplicar esse novo modelo de administração.
Taylor foi muito criticado por vários autores, sendo chamado de inflexível, causou várias demissões,  estresse, insatisfação aos seus subordinados e a sindicalistas. Passou quase toda sua vida lidando com tais conflitos.
Para alguns críticos, a administração científica transformou o trabalhador em uma máquina, onde o operário é só mais uma engrenagem no sistema produtivo, e que também não leva em conta o psicológico e social do trabalhador. Mas apesar de tantas críticas é notável em sua obra que ele também almejou a prosperidade do operário assim como a do empregador, e que buscou através de suas ideias inovadoras uma melhor forma de   administrar a vida na empresa.
É importante ressaltar que Taylor, em sua obra, mostra-nos o quão importante é o uso do conhecimento científico no lugar do empírico, e que através de métodos conseguidos por meio de vários estudos, ele conseguiu moldar uma nova maneira de se trabalhar, como, por exemplo, a descoberta da lei que regula a fadiga nos serviços pesados, fruto de um longo estudo científico, e que foi muito eficiente na aplicação e desenvolvimento do trabalho.
Mas de nada adiantava uma racionalização somente por parte dos operários, também era necessário que houvesse racionalização por parte do supervisor, do chefe, do gerente, do diretor, para que não continuassem a trabalhar dentro do mesmo empirismo


Pois bem, as contribuições de Taylor à administração foram várias, e assim como outros autores já criticaram, também é evidente que suas idéias passam-nos uma ideia de que o trabalhador é só mais uma engrenagem no meio de todo um enorme sistema, mas creio que suas contribuições e seus ótimos estudos e métodos foram maiores e tiveram mais peso que os contras, se posto numa balança, e que deve ser levado em conta, já que ainda hoje usamos os seus métodos e ideias, mais que eficientes, para dirigir nossas indústrias.


Referências Bibliográficas



TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios da Administração Científica. 8ª edição. São Paulo: Atlas, 1990.


SILVA, Benedicto. Taylor e Fayol. 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora da fundação Getúlio Vargas 1987.


RAGO, L. M.; Moreira, E. F. P. O que é Taylorismo. 4ª edição. São Paulo: Brasiliense 1987.


Saracino, E. R. Geografia Temática. Disponível em: <http://geografiatematica.blogspot.com/2010/09/aula-28-os-sistemas-de-producao.html>
Acesso em: 19/10/2011


DREAMSTIME. Desenvolvido por Dreamstime, membro do PACA e CEPIC. Disponível em: <http://pt.dreamstime.com>
Acesso em: 19/10/2011


BRASIL Escola. Desenvolvido pela Equipe Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com>. Acesso em: 19/10/2011


INFO Escola. Desenvolvido pela Equipe Info escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com>. Acesso em: 19/10/2011