segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Princípios Fundamentais da Administração Científica

No modelo de administração científica proposto por Taylor, como na maioria dos métodos
e ciências, existem princípios que devem ser seguidos para o funcionamento correto do
sistema. Taylor definiu, em sua obra, quatro desses que chamou de "princípios fundamentais".
São eles:

1) Desenvolvimento de uma verdadeira ciência: Este princípio trata do estudo minucioso sobre
a atividade observada. Com a ajuda de profissionais treinados, cronômetros, cálculos, repetições incessáveis, dentre outros, é conseguido uma forma dita ideal de execução da tarefa. Remover movimentos desnecessários, mudar a força aplicada, o ângulo que tal força é aplicada, são algumas formas que o estudo encontrará para maximizar a produção, sem fazer com que a qualidade dos produtos caia, ou em alguns casos chegar a aumentar a qualidade, sem ocorrer qualquer perda de tempo.

2) Seleção científica do trabalhador: Com o estudo da atividade, surge também o estudo para o trabalhador ideal para tal. Esse estudo é minucioso como o passado, e procura encontrar o perfil do funcionário que melhor se encaixa neste trabalho. Existem áreas que necessitam de mais força física, outras de um encaixe melhor entre força e inteligência, e o estudo procura dizer exatamente isso, para que sejam contratadas as pessoas que mais se encaixem nesses parâmetros.

3) Sua instrução e treinamento científico: É a parte que mais se assemelha à escola, onde o funcionário contratado é treinado e ensinado, por pessoas competentes para serem seus tutores, a fazer o trabalho que lhe foi designado. Vale lembrar que o trabalhador é meramente ensinado sobre o que deve fazer, e não sobre a ciência que levou a empresa a contratá-lo. Ele aprende somente o que vai fazer, e não como chegou-se à conclusão de que é isso que ele deve fazer. Tal ação se justifica por Taylor achar desnecessário tal ensinamento; seria perda de tempo, ele diz. O funcionário muito provavelmente não teria capacidade cognitiva suficiente para entender a ciência desenvolvida, de acordo com Taylor. Bastava aprender a prática.

4) Cooperação entre a direção e os trabalhadores: Muito importante para o método de Taylor e que vai de encontro a antigos modelos de administração. Taylor procurava métodos para convergir os interesses trabalhistas com os diretores/donos da organização. Ele afirma que é necessário dar ao trabalhador incentivo, dar-lhe salários mais altos caso a produção diária fosse atingida, manter sempre supervisores em contato com os operários para ajudá-los com problemas, ensiná-los, e também informar a direção caso haja alguma reclamação
por parte dos trabalhadores, para que mantenha-se a convergência de interesses. Taylor diz que a ideia antiga de administração, onde o trabalhador é sufocado e explorado até seus limites não dá certo, é ultrapassada. Para um bom rendimento da empresa, é preciso dar ao funcionário o que ele quer - obviamente dentro dos limites razoáveis - mas dar-lhe migalhas e esperar que ele, em troca, produza o máximo possível, é ser irrealista.

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